01 September, 2010

10 hipóteses Cristian

10 definições.hipóteses possíveis para as seguintes perguntas:

1- O que é o projeto Arqueologia do Futuro - AdF pra você?

1- adf é um campo experimental;

2- adf é uma plataforma sensível e compartilhada;

3- adf é uma possibilidade de exercitar outras formas de vida;

4- adf é um agregado insistente;

5- adf é um ponto de encontro, de partida e de interrogação;

6- adf é um estado sol: ocorre quando as moléculas dispersantes afastam as partículas dispersas umas das outras;

7- adf é um estado gel: ocorre quando as partículas dispersas encontram-se extremamente unidas, muito próximas umas das outras;

8- adf é uma escolha entre tantas outras;

9- adf é uma película entre desejo e realização;

10- adf é uma ferramenta de criação.


2- O que a plataforma AdF esta promovendo/modificando/alterando na sua prática artística?

1- adf tem modificado o modo como penso processo e investigação;

2- adf modifica minha atenção;

3- adf promove um treinamento perceptivo;

4- adf altera o modo como me relaciono com as pessoas;

5- adf modifica discretamente minha vida afetiva;

6- adf é um disparo em minha cotidianidade;

7- adf altera minha agenda, meu modo de planejar e projetar futuros;

8- adf modifica meu modo de dar entradas e saídas perceptivas;

9- adf promove rascunhos potentes;

10- adf promove um ambiente de atravessamentos.


3 - O que representa AdF em nosso contexto pra você?

1- adf representa outra forma de produzir vida;

2- adf representa coragem;

3- adf representa inquietação;

4- adf representa a não-representação;

5- adf representa metáforas;

6- adf representa oxigênio e gás carbônico;

7- adf representa uma ameaça iminente;

8- adf representa mais um projeto subsidiado pelo programa de Fomento à Dança da Secretaria de Cultura de São Paulo;

9- adf representa glitter de todas as cores;

10- adf representa pop e hedonismo.


4 – O que é uma ferramenta de criação?

1- pode ser uma estratégia para produzir material cênico;

2- pode ser uma metodologia de trabalho;

3- pode ser um exercício de desautomatização;

4- pode ser uma desculpa para não coreografar;

5- pode ser uma possibilidade de compartilhamento de ideias e práticas;

6- pode ser uma formulação que prioriza a autonomia no seu uso;

7- pode ser um deslocamento;

8- pode ser a revelação dos princípios e meios estéticos e éticos, de algo ou de uma situação;

9- pode ser um jogo;

10- pode ser um documento que incita perguntas.


5. Como você está elaborando as suas tarefas/instruções/scores/experimentos/arqueologias?

1- com caneta e papel, depois eu passo pro computador.

2- com atenção nas palavras que eu escolho.

3- com metáforas.

4- com dedicação.

5- com a memória.

6- com superficialidade radical.

7- com detalhes importantes.

8- con ganas de hacerlas !

9- com gin + tônica.

10- com doses de humor.


6 – Como você dialoga/se envolve com as regras? (que nós mesmos estabelecemos)?

1- com responsabilidade.

2- com compromisso.

3- com desejo de jogar.

4- como uma criança quando recebe uma tarefa importante dos pais.

5- buscando estratégias para me distorcer.

6- incluindo o outro na minha paisagem.

7- como um narrador de futebol em final de copa do mundo.

8- com exageros.

9- com dúvidas.

10- com coragem.


7. Quais são suas 10 principais dúvidas/ dificuldades/ interrogações com relação ao projeto AdF?

1- a priori?

2- focar na “coisa” e não em coisas? Ou focar em coisas?

3- que coisas isso cria?

4- deixar o outro errar?

5- se nada é um erro porque não há certo ou errado….com que parâmetros eu seleciono informação neste campo?

6- metodologia?

7- tecnologias do sensível?

8- tecnologia para comunicação a distância?

9- materializar?

10- Roteiro? Instrução? Partitura? Ferramenta?


8. Qual o lugar/ o que significa ser artista colaborador do projeto AdF?

1- um colaborador em AdF é um ativador de estados e situações.

2- significa estar no entre-lugar de participar e conduzir.

3- é um lugar estranho. Nossa…que estranho !

4- pode ser um clichê.

5- colaborador em AdF é um pesquisador em contato.

6- significa um exercício de estar em contato com o outro, com as ideias de outros.

7- significa respeitar os desejos daqueles que formam o seu campo de trabalho, sem pieguices, sem mediocridade e sem paternalismo.

8- o lugar do colaborador é ele mesmo que define e ocupa.

9- colaborador não é aquele que faz um favor.

10- AdF necessita da implicação de seus colaboradores e coordenadores. Necessita de disparos constantes de criatividade executavel. AdF necessita materializar para se perceber e se fazer percebido. AdF não joga as ideias no ar para que alguém as pegue quando queira. AdF joga com as ideias no seu experimentar.


9. qual é a diferença entre o projeto “arqueologia do futuro” e o “everybodytoolbox” ?

1- um não é subsidiado, o outro é.

2- um convida “todos” a entrarem na plataforma e produzirem ferramentas, etc..., o outro a principio não.

3- um se inscreve em um contexto mais expressivo pra esse tipo de informação e prática, o outro começa a criar informação nesse sentido em um contexto sem esse hábito.

4- um não tem prazo de vencimento, o outro pode correr esse risco.

5- um é cheio de líderes, o outro peleja.

6- um é um, o outro é outro.

7- um inspirou o outro.

8- um se define como plataforma e caixa de ferramenta para everybody, o outro se confundiu como plataforma, mas na verdade é um projeto coordenado por uma plataforma com colaboradores.

9- um não personifica uma assinatura nas ferramentas que dispõe, o outro vem assinando tudo que cria.

10- um disponibiliza assim: everybodys by everybodys est mis à disposition selon les termes de la licence Creative Commons Paternité-Partage des Conditions Initiales à l'Identique 2.0 France o outro, ainda não sabe, porque também ainda se descobre.


10. como você define sua participação enquanto colaborador-pesquisador neste projeto?

1- intenso.

2- áspero.

3- inquieto.

4- negociando.

5- explosivo com paixão.

6- cansado.

7- com fogo no rabo.

8- com dúvidas.

9- com tesão.

10- com desejos intensos de organização.


11. o que você prioriza na escrita de suas arqueologias?

1- estar em contato com o que me fascina no momento.

2- projetar um determinado futuro espetáculo que me surpreenda.

3- gosto de dar títulos aos futuros - eles me ajudam a enxergar adiante sem perder o passado que se fez presente durante a escrita de um futuro.

4- penso em imaginar com o pé na realidade.

5- penso que imaginar com o pé na realidade tem deixado minhas arqueologias limitadas.

6- penso na possibilidade de poder testá-las de fato.

7- penso em alguns públicos.

8- tento fazer minha escrita ser inteligível.

9- priorizo alguma lógica.

10 – priorizo uma escrita que possibilite visualização.


12. o que você acha mais relevante nesse momento do processo?

1- atenção.

2- compromisso.

3- do not take things for granted ! não me convencer facilmente de que as coisas já estão realizadas.

4- testar o que vem sendo feito.

5- incitar o outro e a mim mesmo a pensar fora do habitual – to think outside the box !

6- escrever alguma reflexão sobre o projeto até agora.

7- fazer com que os colegas colaboradores se sintam num jogo gostoso, criativo e importante para todos.

8- fazer crer, sem fé.

9- acho relevante, relevar e revelar.

10- acho que o momento é crítico, e precisa de mais crítica (construtiva, com ganas de produzir, de desdobrar, de escavar, de olhar as coisas por vários ângulos).


13. o que você pode fazer enquanto artista para melhorar a vida dos outros?

1- não posso e não desejo melhorar, mas posso e desejo confundir.

2- posso promover alguma experiência, do tédio ao afeto.

3- artista não melhora nada, piora.

4- posso (des)perceber os outros.

5- posso dizer que ganho mal, que não ganho 13° salário, que não consigo tirar férias e nem fazer muitos planos, assim os outros podem se sentir um pouco melhores.

6- artista não tem que melhorar nada, melhorar é burguês, e a burguesia só quer ficar rica.

7- posso colocar uma música gostosa e dançar para os outros verem.

8- posso fazer com que alguém encontre outro alguém em algum teatro, e esse encontro pode gerar uma vida !

9- posso deixar de ser artista e vender frutas frescas e saudáveis.

10- posso fingir de morto, e depois levantar e agradecer.


14 - quão difícil é responder essas perguntas no seu atual contexto?

1- bem difícil.

2- mas eu respondo.

3- tudo sempre é difícil no meu contexto.

4- o difícil pode se tornar fácil, é uma questão de ponto de vista.

5- c’est dificile mon amour !

6- it’s so difficult my love.

7- é tão difícil meu amor.

8- es tan difícil mi amor.

9- li la tèlman difisil mwen renmen.

10- 它是如此艱難我的


15 - Sobre os encontros com a Rosa: O que esse tipo de encontro produz em você?

1- referências.

2- novas palavras.

3- inspiração.

4- perguntas.

5- estímulos para posicionar meus entendimentos sobre o campo de pesquisa.

6- produz variações perceptivas da cor PINK.

7- anotações importantes.

8- uma vontade de saber mais sobre determinados assuntos.

9- um golpe teórico.

10- hormônios.


16 - Quando você acha que este jogo vai terminar?

1- quando todos encontrarem uma solução para o que impede seu fim, sem que tenha que ser ditado por algum líder evidente, mas que seja uma solução dentro das regras do jogo, e que seja criativa e coerente.

2- espero/torço para que seja antes da pergunta número 30.

3- quando todos responderem e enviarem todas as respostas até o final de um mesmo dia.

4- quando o exterminador do futuro aparecer e detonar com todos esses arqueólogos incompetentes.

5- quando eu quiser.

6- quando tu quiseres.

7- quando ele/ela quiser.

8- quando nós quisermos.

9- quando vós quiserdes.

10- quando eles/elas quiserem.


17 - O que você entende por presença ?

1- um estado físico dinâmico.

2- uma percepção intensificada.

3- estar.

4- quando permitimos que as coisas nos percebam também.

5- um ponto de vista.

6- um modo de se colocar em contato.

7- uma estratégia cênica.

8- um fetiche.

9- pode ser entendida como algo especial, algum tipo de super poder.

10- uma dierença de tônus.


18 - O que você entende por representação?

1- Em filosofia uma representação é uma entidade que está por outra entidade, isto é, uma coisa que está por outra coisa. O modo de ser da representação é o estar por.

2- “A representação é um processo pelo qual se institui um representante que, em certo contexto limitado, tomará o lugar do que representa” definiu Jacques Aumont.

3- amiga

representaçao no teatro e o mesmo que representar

uma peça teatral tipo voce ensaia uma peça com um grupo

de amigos para o dia tal voçes vao subir ao palco para ensenar

tudo aquilo que voçes ensaiaram e isto se chama representar

e representaçao é a mesma coisa ate parece que voçe nao ve

novelas

beijao

miro

4- o corpo representado

O seminário interdisciplinar Corpo Representado promove discussões e espetáculos de dança para desnudar o corpo como origem de conceitos e modos de expressão da sociedade contemporânea.

Serão cinco debates, reunindo filósofos, psicanalistas, sociólogos, antropólogos e teóricos da linguagem e da cultura. Entre eles, o sociólogo francês Henri-Pierre Jeudy e a lingüista Lucia Santaella. As discussões enfocam quatro temas: O corpo como identidade cultural, Corpo social, Corpo mídia e Corpo e representação.

5- Um mapa é uma representação visual de uma região.

6- Maus Tratos e Tortura

O que é Representação?

É uma reclamação que você vai fazer, informando o nome dos policiais, o número da viatura ou qualquer dado que possa identificar o policial que o maltratou.

Você contará o fato com todos os detalhes, sem ocultar nenhum. Em seguida, leia tudo o que foi anotado e confira antes de assinar.

Depois você vai pedir uma guia para fazer um exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal. Isso é muito importante! Esse exame é a prova para você entrar na Justiça, para que o agressor seja punido. Além disso, é com o resultado desse exame que você poderá pleitear uma indenização.

7- O mundo como vontade e representação é a grande obra de Schopenhauer, composta por quatro livros (mais o apêndice da crítica da filosofia kantiana), e publicada em 1819. O primeiro livro é dedicado à teoria do conhecimento ("O mundo como representação, primeiro ponto de vista: a representação submetida ao princípio de razão: o objeto da experiência e da ciência."); o segundo, à filosofia da natureza ("O mundo como vontade, primeiro ponto de vista: a objetivação da vontade"); o terceiro, à metafísica do belo("O mundo como representação, segundo vista: a representação independente do princípio de razão. A idéia platônica, objeto da arte"); e o último, à ética ("O mundo como vontade, segundo ponto de vista: atingindo o conhecimento de si, afirmação ou negação da vontade"). Toda sua produção posterior pode ser definida como comentários e acréscimos aos temas ali tratados.

"O mundo é a minha representação": com estas palavras Schopenhauer inicia essa sua principal obra filosófica. A tese básica de sua concepção filosófica é a de que o mundo só é dado à percepção como representação: o mundo, pois, é puro fenômeno ou representação. O centro e a essência do mundo não estão nele, mas naquilo que condiciona o seu aspecto exterior, na "coisa em si" do mundo, a qual Schopenhauer denomina "vontade" (o mundo por um lado é representação e por outro é vontade). O mundo como representação é a "objetividade" da vontade (vontade feita objeto - submetida ao princípio formal do conhecimento, o princípio de razão). Essa objetividade se faz em diferentes graus, passando pelas forças básicas da natureza, pelo mundo orgânico, pelas formas de vida primitivas e avançadas, até chegar no grau de objetividade mais alto por nós conhecido, o ser humano. Entre o objeto e a vontade há um intermediário, o qual Schopenhauer identifica com a "idéia platônica". A idéia é a "objetivação adequada da vontade" em determinado grau de objetivação. Esses graus crescem em complexidade, cada um objetivando a vontade de forma mais completa e detalhada. Mas a totalidade do mundo como representação, a qual é o "espelho da vontade" só existe na manifestação concomitante e recíproca das diferentes idéias, as quais disputam a matéria escassa para manifestarem suas respectivas características. As formas superiores assimilam as inferiores e as subjulgam ("assimilação por dominação"), até que elas próprias são vencidas pela resistência das inferiores e sucumbem (eis a morte), devolvendo a elas a matéria delas retirada e permitindo-lhes expressar as suas características a seu próprio serviço (eis o ciclo da natureza). Entre todas as idéias, e portanto entre todas as formas de vida e forças naturais, mantém-se "guerra eterna". Devido a essa eterna luta, os objetos nunca conseguem expressar suas respectivas idéias de forma perfeita, eles apresentam-se sempre com um certo "turvamento" (é por isso que apenas as idéias são objetividades adequadas da vontade).

Schopenhauer utiliza a palavra representação (Vorstellung) para designar a idéia ou imagem mental de qualquer objeto vivenciado como externo à mente.

"No terceiro livro estuda-se a arte, a qual permite o conhecimento da representação independentemente do princípio de razão. No momento da contemplação estética o objeto preenche completamente a consciência do sujeito. A conseqüência objetiva é o conhecimento completamente objetivo do objeto, o qual passa a categoria de idéia (objetividade adequada da vontade); a conseqüência subjetiva é o auto-esquecimento do indivíduo, o qual passa a categoria de pura faculdade cognitiva (puro sujeito do conhecimento), daí (desse auto-esquecimento, quando o conhecimento liberta o indivíduo de sua vontade) provém a satisfação proporcionada pela contemplação estética. Quanto mais belo for um objeto mais próximo ele está de expressar a sua respectiva idéia, livre de turvamentos. O autor estuda diversas formas de arte, buscando demonstrar que todas elas buscam permitir o conhecimento das objetividades adequadas da vontade (idéias, no sentido platônico, não kantiano), das mais simples às mais complexas.

"É no quarto livro que Schopenhauer se revelará uma fonte para o existencialismo e para o niilismo. A questão aqui é "a grande questão" já levantada pelo famoso verso de Hamlet: ser ou não ser? O filósofo começa investigando a vida e a morte e como uma anula a outra por meio da procriação, garantindo a sobrevivência da espécie (e a continuação da expressão da idéia). Depois estuda a liberdade; conclui que a mesma, no sentido rigoroso do termo (liberdade da causalidade), restringe-se à coisa em si (a vontade) e que todo fenômeno, sempre submetido ao princípio de razão, não é livre. É apenas em um caso que a liberdade da vontade penetra no fenômeno: quando este se nega, chega a renúncia ascética (negação da vontade). Antes de descrever melhor o que é "afirmação da vontade" e "negação da vontade" o autor escreveu aquelas célebres páginas (capítulos 56 a 58) em que tenta demonstrar que "a dor não se interrompe" e que "toda vida é sofrimento". A afirmação da vontade ocorre quando o conhecimento do mundo torna-se um motivo para se fazer de forma mais intensiva o que já se fazia naturalmente. No caso da negação o conhecimento do mundo torna-se um "quietivo" da vontade, levando-a, no caso extremo, à renúncia ascética (à abnegação e à santidade). O autor estuda como as diferentes relações entre vontade, conhecimento e sofrimento (quer conhecido quer sentido) podem levar aos diferentes caráteres: cruel, mal, egoísta (que é o natural, aqueles que todos possuem conforme a natureza), justo, bom, e santo. Por fim, Schopenhauer faz uma apologia da santidade como o único caminho para libertar a vida de suas dores e levar à "redenção do mundo".

8- No trabalho científico, o que significa as expressões "Representação" e Representação Social"?

É a mesma coisa que opinião?

Melhor resposta - Escolhida por votação

É mais ou menos como a sua opinião sobre o assunto..

A representação social é uma forma de conhecimento prático, de senso comum, que circula na sociedade. Esse conhecimento é constituído de conceitos e imagens sobre pessoas, papéis, fenômenos do cotidiano.

As pessoas constróem suas representações nos seus grupos sociais, através das conversas, das visões, das crenças que veiculam.

Assim, os conceitos e imagens vão sendo aceitos, naturalizados, considerados verdadeiros, embora sejam apenas representações. Muitos dos preconceitos, dos estigmas, das exclusões de pessoas, decorreram desse processo e dos equívocos que pode gerar.

9- representação é a resolução para se perceber coisas que realizamos e desejamos.

10- representação é a materialização de uma ideia.


19 - O que é ficção pra você?

1- uma mentira.

2- uma história inventada.

3- Ficção é o termo usado para designar uma narrativa imaginária, irreal, ou referir obras (de arte) criadas a partir da imaginação.

4- fantasia.

5- criação.

6- fingimento.

7- guerra nas estrelas.

8- ET.

9- Infelizmente, a Teoria da Relatividade Geral de Einstein exige objetos incrivelmente massivos, do tamanho de estrelas, para causar uma distorção do espaço-tempo que seja observável. Nós também não temos meios de controlar esse efeito: não há uma chave liga/desliga! Assim, embora a curvatura dos raios de luz devida à distorção do tecido do espaço seja um fato científico, o controle dessa distorção permanece firmemente no domínio da ficção científica.

10- O Homem é o único animal que produz ficção. É o único ser vivo que cria uma aparência de realidade para enganar a si próprio ou a seus similares. Todos os outros seres interagem com a realidade material, e apenas com ela — enquanto o Homem, não satisfeito em alterá-la, procura também criar uma espécie de nova realidade: a ficção. Ali, o Homem é capaz de moldar o ambiente e seus elementos, de acordo com sua vontade.

Mas o Homem, também, é um animal que sonha. Que, quando dorme, cria suas próprias versões da realidade, em situações nas quais pode realizar seus desejos. O Homem pega as experiências que vivenciou ou presenciou recentemente (restos diurnos) e cria alegorias para camuflar o que seu inconsciente mais deseja expressar: o seu desejo. O sonho fornece a possibilidade de realizar o desejo numa realidade que não terá maiores conseqüências — algumas horas depois, o Homem vai acordar e dizer que “tudo não passou de um sonho”.

Da mesma forma, a ficção cria um espaço simulador de realidade que não tem maiores conseqüências para além de sua fronteira. Ao terminar a sessão, “tudo não passou de um filme”. Tanto em sonho quanto em ficção, tudo que experimentamos foi a percepção de imagens e sons cujo sentido só existe em nossas mentes. E na ficção o Homem repete conscientemente o que o inconsciente faz no sonho: criar um mundo para efetuar desejos.

Nesta lógica, parece inevitável concluir que a capacidade humana de fazer ficção é conseqüência da sua faculdade de sonhar — que a construção de um espaço ficcional deriva da experiência onírica. Ou seja, a ficção existe porque o homem sonha. No entanto, essa afirmativa tão categórica e simplista poderia descartar inúmeras outras formas de interação com a realidade. Ainda assim, o primeiro contato que o Homem terá com uma experiência não-real e não-material será o seu próprio sonho. A partir disso, todo filme, toda novela, toda invenção será um sonho que se sonha acordado.


20 - Como você explica a diferença entre uma ação evocada e uma ação perceptiva?

1- uma está para algo, outra é.

2- evocada tende a ser ilustrativa, perceptiva não.

3- uma se guia por associações, outra pelo aparelho sensório-motor.

4- uma te coloca mais próxima de perpetuar uma mentira, a outra de inventar uma grande mentira.

5- uma é mais acessível ao senso comum, a outra desafia o senso comum.

6- uma visualiza, a outra fareja.

7- uma pode te deixar mais solene, a outra mais ávido.

8- uma não se guia pelo momento presente, a outra vai sempre atualizando o presente.

9- uma recorda, outra atualiza.

10- uma ação evocada pode ser fatal para alguém, uma ação perceptiva pode te matar ou causar a morte de outras pessoas.


21 - Por que traduzimos score como roteiro e não como partitura coreográfica?

1- porque gostamos mais de cinema.

2- porque não usamos em nossa prática o termo partitura.

3- porque evitamos a palavra coreografia para definir o que fazemos.

4- por descuido.

5- talvez por ter entendido um score mais próximo de uma narrativa.

6- podemos chamar score de partitura coreográfica sem problemas.

7- o que é uma partitura coreográfica?

8- poderíamos inventar uma nova gíria.

9- roteiro soa menos definitivo do que partitura. (cuidado: isso é bem raso)

10- score não é o placar de um jogo?


22 - Uma tarefa inacabada causa algum desconforto, frustração ou emoção em você?

1- sim.

2- me incomoda bastante.

3- porque acho uma postura preguiçosa.

4- eu tenho preguiça.

5- muita.

6- mas me esforço.

7- porque gosto de desafios.

8- uma tarefa é um desafio.

9- covardes são aqueles que desistem facilmente.

10- http://www.youtube.com/watch?v=MYLNtiyvPi4


23 – o que você enterraria hoje para ser descoberto como fóssil no futuro?

1- um imac.

2- um powerbook.

3- um ipod.

4- um ipod nano.

5- um ishuffle.

6- um iphone.

7- um ipad.

8- um itouch.

9- um wii.

10- uma mesa de bilhar.